myalllife

26.1.06

Por quem não esqueci...

Quiseste, ainda eu era uma criança, partir para novos lugares.
Saíste de ao pé de mim, prometendo mundos que juravas cumprir.

Criaste-me a ilusão que apesar da distância que nos iria separar, ela seria meramente temporária e que estarias lá sempre quando eu precisasse.
Bem que eu podia esperar sentado…

Afastaste-te de mim quando eu mais precisava de ti.
Cada vez que pedi o teu apoio, o teu amor, a tua presença junto de mim, dizias-me que estavas fora.
Fora?
E eu????

Fazias-me promessas vãs que nunca cumprias…

Que peça de xadrez no teu tabuleiro serei?
Um mero peão?... Não, não o quero ser.

Gostava de poder acreditar que tu eras capaz de mudar, de abrir os olhos e ver a realidade.
Com os anos a passar, custa-me acreditar que isso, algum dia, pode acontecer.

Não quero ser como tu.
Fizeste-me sofrer, chorar.
Quando me lembro de ti, penso se não sou eu um erro de gestão.

Paguei uma factura muito alta e não quero continuar a pagar.

Gostava de poder acreditar em ti mas não quero continuar a sofrer por quem me deixou para trás.

Adeus, vou partir para outra margem…

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23.1.06

Aos meus irmãos.

Coisa mais lamechas.

Escrever um post sobre irmãos?
A quem lembraria isto?... – Talvez a ninguém.

Quando se é irmão mais novo, tenta-se, digo eu, copiar os outros ou, até, tentar fazer melhor.

Por isso, deixo um recado a cada um – (sem divulgar os nomes, claro está) –:

Ao 1º: Cresci a tentar imitar-te nos estudos e em quase tudo o que a vida me reservasse.
Puro engano… A vida nunca podia ser igual. As batalhas são diferentes e acreditar que as podemos vencer também são diferentes. Em ti, gostava de poder ter a mesma confiança na obtenção dos objectivos, nas vitórias que daí obtêns.

Ao 2º: Incentivaste-me a acreditar mais em mim. Acreditavas que a força nascia dentro de mim e quando partiste para longe foste daqueles que mais forças me davas com as cartas que escrevias. Nunca percebeste o quanto elas me faziam acreditar mais na minha pessoa. Também nunca to disse. Tu tens sido das pessoas que o meu coração estará sempre preenchido com o amor que me deste.

Ao 3º: O mais reguila. Travamos, quase todos os dias, guerras e mais guerras. Terão sido elas o nosso elo de ligação? Quem sabe? Muitas pessoas dizem que somos parecidos. Mesmo longe, estás do outro lado do mundo, quero que saibas que foste e és uma pessoa importante para mim. Que sinto a tua falta junto de nós.

A todos: Sinto aquela saudade da nossa infância, apesar da diferença de idades que nos separa.
Guardo-vos a todos num cantinho no meu coração que será difícil quebrar.

Porque seremos sempre:

“A família mais espectacular do mundo”

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17.1.06

Começo

a olhar o passado.
Aquele que já partiu e que algumas saudades deixou.
Aquele que me trazia muitas alegrias.
É esse que eu pretendo guardar dentro de mim, das minhas memórias, dos meus pensamentos.
Quero que o meu futuro seja assim: cheio de alegrias.

Em cada ano que começa fazemos promessas para que ele nos traga mais alegrias que o anterior.
Será que conseguimos?
Eu tento que o meu assim o seja…
Mas os dias são intensos e o cansaço já é muito.

Acredito que a vida ainda tem muito para me contar, para me dar.
Acredito que os outros ainda me podem ajudar a lutar e a vencer.
Acredito que ainda irei chorar.
Acredito que as derrotas serão poucas.

Quando me deito, o meu corpo voa em direcção a um destino que desconheço.
“Onde vais?” – pergunto-lhe incrédulo.
Responde-me que já volta, que vai procurar a calma, a segurança, a alegria, todos aqueles adjectivos que me fazem acreditar na minha pessoa, nas minhas potencialidades.

Onde eles estão, nem eu sei.
Andam por aí escondidos à espera que eu os liberte…

Quem sabe, um dia, eles já não precisam de estar escondidos?
Quem sabe???

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10.1.06

Porque não acreditar?

Por vezes, paramos para pensar nas coisas que a vida nos traz.
Muitas vitórias, muitas derrotas…

Acreditamos que a nossa vida pode ser um mar de rosas mas, infelizmente, não o é.
E, muitas das vezes, não somos capazes de assumir as derrotas.

As derrotas? Elas dão cabo de nós.

Quem assume que as derrotas não nos deitam ao chão?

Sentimos que somos incapazes de reagir, de lutar, de vencer.

Mas se a vida é um mar de rosas, porque razão tem ela que trazer os espinhos?

Um amigo contou-me que esses espinhos são as batalhas que temos de enfrentar, tentando alcançar as vitórias finais.

Nunca podemos desistir após uma vitória ou uma derrota.
A vida lança-nos, a todos os dias, cada teste, cada dificuldade, cada desafio que terá que ser ultrapassada.

E a cada dia, temos que arranjar forças dentro de nós para as vencermos.
Mas, nunca nos podemos esquecer da família, dos amigos.

Quando eles estão tristes, fiquem do lado deles.
Mais vale tentarmos estar na pele deles e eles irão sentir-se mais apoiados…

E, principalmente, acreditem em vocês, nas vossas capacidades.

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5.1.06

Pedido de DESCULPAS públicas

Na Segunda, dia 2 de Janeiro, falámos ao telemóvel e acabei, estupidamente, por te magoar.
Eu senti isso mesmo!
Desde aí que me sinto culpado.
Tu, que desde os meus 2 anos, foste, e ainda continuas a ser, uma das maiores referências para mim.
Estiveste lá, nas minhas vitórias e nas minhas derrotas.
Desde os meus 2 anos que lutaste contra ventos e marés, contra tudo e contra todos, fazendo dois papéis para poderes criar 4 filhos..
Quatro filhos que, apesar das guerras, continuavam a amar-te e a respeitar-te.
A ti, não bastava o trabalho.
Chegavas a casa cansada mas trazias, sempre, um sorriso para nós.
Procuravas que os nossos pedidos se concretizassem mesmo que o orçamento nunca fosse dos melhores.
Mesmo que as outras mulheres andassem com roupas caras, tu nunca te importaste com as que usavas.
A tua riqueza éramos nós – ouvi dizer-te isto muitas vezes!
Se nós hoje somos vistos como pessoas responsáveis, isso devemos à tua pessoa, aos teus ensinamentos.
Tentaste sempre que nós, quando iniciássemos as nossas carreiras profissionais, que lutássemos sempre pela verdade.
Tentaste sempre dar o teu amor de igual forma pelos quatro e, nunca, separadamente…

Sempre ouvi dizer: “Mãe há só uma!”
Pois é.. e eu acabei por magoar a minha.
Por isso, peço-te desculpas públicas.

DESCULPA MÃE.

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